domingo, 10 de fevereiro de 2008

OS EFEITOS TÓXICOS DA FUMAÇA DAS VELAS E INCENSOS


INTRODUÇÃO

Nem mesmo templos budistas, católicos e Maçônicos podem-se dizer seguros em relação aos efeitos tóxicos da fumaça das velas e incensos usados nas suas cerimônias.

Todos nós somos sabedores que as células possuem estruturas complexas que carregam informações que governam todo o nosso corpo, desde a cor dos olhos até o desenvolvimento das doenças.

Nosso corpo todo funciona dessa forma, num modelo de interação genética que, quando ocorre dano (mutação), promove transformações significativas em todo o organismo. Tais danos freqüentemente são provocados por fatores externos, como mudanças de hábitos ou comportamentos agressivos à nossa saúde.

As mutações são provocadas por agentes, atualmente bem estabelecidos, como o cigarro, sol, gorduras, agrotóxicos, queimadas, hormônios, dentre outros tantos, aparecendo agora, via de pesquisas recentes os incensos e velas como novos vilões a serem combatidos.

O aconselhamento genético passa por orientações de comportamentos, hábitos e modo de vida que promovam a manutenção da estrutura original dos nossos genes, desviando de eventos que possam culminar com mutações indesejáveis.

O QUE É O CÂNCER?
Os incríveis avanços da Biologia Molecular permitiram compreender o câncer a partir das alterações no material genético de suas células. Mutações em determinados genes alteram os comandos de divisão, diferenciação e morte celular, permitindo sua multiplicação desenfreada. Com seus mecanismos de controle da divisão inoperantes passam a se multiplicar independentemente das necessidades do organismo.
Por meio de sucessivas divisões, a célula, agora chamada de maligna, acaba formando um agrupamento de células praticamente idênticas que recebe o nome de tumor. Diante dessa perda de controle intrínseca da multiplicação celular, só resta ao organismo tentar identificar e destruir essas células anormais por intermédio do seu Sistema Imunológico. Se esse sistema mostrar-se ineficaz, a doença passará a ter condições de evoluir.
As mutações vão se acumulando no genoma da célula, determinando novas alterações em seu comportamento. As células malignas podem, por exemplo, adquirir a capacidade de disseminação, crescendo em áreas do corpo distantes de seu órgão de origem. Esses focos de crescimento a distância chamam-se metástases.
Isto é o câncer: um grupo de células, crescendo descontroladamente, capaz de invadir estruturas próximas e, ainda, espalhar-se para diversas regiões do organismo. Não há, entretanto, possibilidade de transmissão entre pessoas, mesmo nos contatos mais íntimos. Qualquer célula maligna que penetrasse em outro corpo seria rapidamente destruída pelo Sistema Imunológico desse organismo.
Todo câncer é formado por células que, ao sofrerem modificações em seu material genético, passam a apresentar crescimento e multiplicação desordenados. Essas células deixam de responder aos mecanismos de controle do organismo, duplicando-se continuamente para criar os tumores.
Algumas células malignas adquirem a capacidade de migrar e se desenvolver em outros órgãos, muitas vezes, distantes do seu local de origem. Esse último processo dá origem às metástases, um importante obstáculo ao controle do câncer.
FATORES DE RISCO
Agente carcinogênico é todo o causador de modificações no DNA de uma célula capaz de levá-la a uma proliferação desordenada, dando origem ao câncer. São agentes cancerígenos: produtos químicos, radiações e microrganismos.
Um exemplo de agente cancerígeno do tipo radiação é a luz solar que, com seus raios ultravioleta, é responsável pela grande maioria dos cânceres de pele.

Agentes cancerígenos químicos são encontrados no fumo, que representa o maior risco conhecido ao desenvolvimento de doenças malignas no ser humano. Acredita-se que um terço dos tumores malignos seja causado pelo hábito de fumar, reconhecendo-se, hoje, mais de 400 substâncias carcinogênicas na fumaça do cigarro.
Estima-se que até 70% dos casos de câncer podem ser evitados simplesmente impedindo-se a exposição aos fatores de risco ambientais. A eliminação do hábito de fumar, modificações na dieta, com maior consumo de frutas, verduras, legumes e cereais, a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e do controle na exposição a agentes químicos, radiações ionizantes e raios ultravioleta são medidas práticas que contribuem para a redução máxima do risco de se desenvolver um câncer.

O PERIGO DA “FUMAÇA DO BEM”

A aparentemente inofensiva e bendita fumaça que exalam incensos e velas também podem estar relacionadas ao aparecimento do câncer de pulmão e bexiga. Esta é a última novidade no nebuloso terreno das fumaças e seus efeitos, afirma estudo publicado na revista científica European Respiratory Journal.
Com isso, amplia-se o leque das fumaças acusadas de causar a doença e o já combalido cigarro, a poluição urbana e o gás carbônico dos escapamentos ganham agora a companhia desta “fumaça do bem”. Afinal, quem poderia imaginar que, ao acender uma vela para o santo predileto ou defumar a casa para descarregar o ambiente, você estaria, na verdade, impregnando seu lar com os chamados hidrocarbonetos aromáticos e partículas poluentes sólidas, substâncias causadoras de câncer de pulmão e de bexiga.
O estudo vai na mesma linha dos que mostraram os efeitos da fumaça do cigarro em ambientes fechados como restaurantes, museus e salas de trabalho. Agora a metralhadora contra a poluição interior volta-se para o enfumaçado ambiente dos templos budistas e católicos, adeptos do incenso, defumadores e velas.
Antes que se tome medidas radicais, um aviso: não é preciso aposentar as velinhas do bolo de aniversário. Segundo a pesquisa, apenas em ambientes fechados e com muita fumaça é que o perigo pode ser iminente.

Segundo o estudo, o ar respirado nas igrejas tem uma concentração de substâncias cancerígenas maior do que o respirado em ruas onde passam 45 mil carros por dia. Na avaliação, o nível de pequenas partículas poluentes sólidas nas igrejas acompanhadas estava 20 vezes maior que o permitido pelas regulamentações européias. Daí poderemos concluir que o uso de velas e incensos em nossos trabalhos, poderão trazer malefícios à saúde dos nossos obreiros.

Em outra pesquisa semelhante, publicada pela revista New Scientist, cientistas da Universidade Nacional Cheng Kung, de Taiwan, afirmaram que num templo budista mal ventilado de Taiwan os níveis encontrados da substância cancerígena – aqui provenientes da queima de incensos – eram 45 vezes superiores aos encontrados em residências de fumantes e até 118 vezes maiores do que em áreas fechadas livres de qualquer fonte de combustão, estando ainda 19 vezes acima do encontrado no lado de fora do prédio e um pouco acima do nível presente nas amostras colhidas num cruzamento movimentado.
De acordo com Brad Timms, da Campanha de Pesquisa do Câncer, na Grã-Bretanha, "o risco de se desenvolver câncer pela inalação da fumaça produzida pela queima de incensos dependerá do nível de hidrocarbonetos policíclicos liberados por este tipo de fonte e pelo tempo de exposição a eles."

Durante as cerimônias religiosas especiais, quando a freqüência nos templos é muito grande, a visibilidade no interior do templo chega a ser reduzida por conta da fumaça intensa dos incensos.

Da mesma forma, os pesquisadores da Universidade de Maastricht, na Holanda, acreditam que, no mês de dezembro, o risco aos católicos praticantes tende a ser mais elevado, uma vez que as igrejas acendem maior quantidade de velas para celebrar a chegada do Natal.
Segundo a pesquisa holandesa, onde foi analisada a concentração de pequenas partículas poluentes sólidas no ar de uma pequena capela e de uma grande basílica em Maastricht, o ar das igrejas continha níveis desta substância cancerígena quatro vezes superior ao nível aferido antes da missa matinal, após deixarem as velas acesas por nove horas, o que significa 12 a 20 vezes a média de concentração permitida pelos padrões europeus para um período de 24 horas.

No ar das igrejas também foram identificados vários tipos de radicais livres, moléculas altamente reativas que fazem mal ao tecido do pulmão e podem provocar ou piorar reações inflamatórias e doenças respiratórias como asma ou bronquite. Segundo os pesquisadores, padres e pessoas que trabalham dentro de igrejas por longos períodos enfrentam riscos maiores que os fiéis freqüentadores das igrejas, embora pessoas devotas que passem muitas horas por dia no local também possam ser afetadas.

CONCLUSÃO

Como todo Símbolo, o clarão tremeluzente da vela pode ter várias interpretações. Nele podemos ver a primeira luz da Maçonaria que o profano recebe de início fraca para que o mesmo, através dos pensamentos que o ambiente lhe sugere, possa acostumar a sua visão espiritual à luz deslumbrante das verdades que lhe serão reveladas.

A luz da vela é o reflexo e a representação da Divindade no plano terrestre.

O uso do incenso nos templos Maçônicos tem justamente o objetivo de purificar, energizar e harmonizar o ambiente para início e desenvolvimento dos trabalhos.

Posto tais descobertas, oriundas de pesquisas científicas confiáveis, e o desejo de nos mantermos saudáveis, interessante que se faça uma necessária reflexão a respeito do tema, buscando alternativas de trocas desses instrumentos simbólicos (vela e incenso) por pequenas luzes artificiais e aspersão de substâncias aromáticas, que certamente trarão os mesmos benefícios da simbologia utilizada pela nossa Sagrada e Milenar Instituição.

Cuiabá-Mt – Julho/2007-E:.V:.

M:. M:. Antônio Padilha de Carvalho - Obreiro da ARLS "Acácia do Rio Abaixo" n. 35 - Or:. Santo Antônio do Leverger-Mt - GOE-MT;

M:. M:. Wilson Mamedes de Campos, Obreiro da ARLS "Triângulo da Fraternidade" - Or:. Cuiabá-Mt - GOB-MT;

Bibliografia:

Associação Brasileira do Câncer - Livro: Tenho câncer. E agora?;

ABCâncer – Revista da Associação Brasileira do Câncer – ano 6 – nº 38 – Março 2007;

Aslan, Nicola – Comentários ao Ritual de Aprendiz – Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda – Londrina-Pr – 2005;

2 comentários:

Jaques A Teixeira disse...

O tema é relevante e pertinente,por revelar a preocupação sobre os efeitos da toxidade proveniente da queima de velas e incensos.Seria.no entanto, prematuro substituir o modelo esotérico existente.Cremos que seria preciso colher uma amostra de ar do ambiente antes após a realização de uma sessão para determinar o grau de periculosidade a que estão expostos os presentes.Acreditamos que a substituição das LUZES proveniente das velas e seus significados esotéricos vão além do que a retina mostra.
SSS
JAT(SC)

JAT(SC)

GRANDE GÓES disse...

como homens estudiosos e esclarecidos que somos, devemos substituir as velas por candeeiro elétricos como muitas lojas já estão fazendo e quanto ao incenso, deveria ser utilizados de forma controlada, quem sabe somente nas iniciações.